Cor parece essencial pra dar o tom,
pra diferenciar
(ou mesmo só pra não passar desapercebido).
Por vezes, pode parecer mesmo desnecessário.
Mas afinal quem é que diz quais são as necessidades?
Essa vida já me parece ser - toda ela - feita de urgências
e minhas questões estagnaram-se na diferença tênue, sutil e delicada
entre o provisório e o temporário.
Ao fim e ao cabo, eu ainda teimo que eu não sou pra isso.
Simplificar ao máximo tudo que me cerca e me preenche ainda parecia ser o mais sensato a fazer.
O que eu sinto realmente é que, se assim eu agisse, já não me sentiria eu.
Devo admitir que a ideia de não ser aquilo que penso que sou é bem mais do que nauseante,
mas nauseante chega tão próximo, que eu me permitirei não pensar tanto sobre isso,
já que os pensamentos estão tão presos ao chão aonde piso.
Nesses tempos em que importa mais parecer algo que se não é,
tento levar aquela velha-nova dignidade
que remonta a imprecisos pontos
de um passado nem tão distante assim.
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