Há um céu sem estrelas
Há um silêncio que o preenche
Há, também, a rua vazia
Esta que é tão cheia de vida,
Tão cheia de cinza
E aqui, bem aqui,
Há qualquer coisa sem nome
Há algo que almeja ser e não o é
Há isso que, de tão amorfo,
Parece já ter nascido morto.
Há uma chave em algum lugar
Há aquela chave naquele lugar
Haverá uma porta também?
Existe uma necessidade maniqueísta
Que exige dualidade
E, por isso, uma porta
Por que não uma janela - dessas de pinho - bem grande?
Há uma senha, um segredo
Há quase tudo ainda por dizer
Palavras cuja existência,
Talvez, ainda desconheça
Há muito a aprender, muito por descobrir
De dentro para fora, eu, por inteira, amanheço
Há um sol em mim?
Eis que ressurjo, tal qual a fênix mitológica, das cinzas
Há um sem-número de verdades
Uma deve satisfazer, eu suponho
Vamos, menina!
Adentre no barco das certezas mais incertas
Navegue nesse mar de mentira(s)
E pegue a verdade que lhe couber
Tamanho M que é pra não ocupar tanto espaço
(fevereiro - 2010)
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